Diretoria afirma que time não jogará mais no estádio enquanto não houver manutenção do gramado sintético; Arena Barueri é principal opção para as partidas
A decisão do Palmeiras em não mandar mais jogos no Allianz Parque até que a Real Arenas, empresa da WTorre, não faça uma manutenção no gramado do estádio passou muito pelos relatos dos jogadores à direção.
No primeiro jogo da equipe na arena em 2024, na última quarta-feira, contra a Inter de Limeira, alguns atletas já haviam reclamado no intervalo da má qualidade do piso. Uma massa gosmenta que grudava nas chuteiras atrapalhava o desempenho.
Após o duelo, o atacante Bruno Rodrigues relatou dores no joelho direito e passou por exames que detectaram uma lesão que pode tirá-lo de quatro a cinco meses do gramado. A suspeita do Palmeiras é que a condição do gramado foi preponderante.
No duelo contra o Santos, no último domingo, os jogadores voltaram a reclamar. O piso estava ainda pior devido a um show realizado no local no dia anterior que danificou ainda mais o gramado.
Segundo relatos ouvidos pela reportagem, o gramado sintético, quando em boas condições, volta ao estado normal que é pisado. No Allianz, grama fica “amassada”, o que pode causar escorregões e, consequentemente, lesões. Após o clássico de domingo, o técnico do Santos, Fábio Carille, descreveu o piso como “ralo”.
Devido a instalações de placas para os shows promovidos pelo estádio, a grama também sofre um processo de queimadura, que desgasta o piso e o torna cada vez mais sem aderência, onde se acumula a massa que gruda nas chuteiras.
– Acho que o campo sempre foi bom, mas está faltando manutenção. Acho que eles tiraram o pé por conta dos shows. Acho que é difícil não ter manutenção. Em 2021, 2022 ninguém estava falando, muito menos a gente. Precisa de manutenção para dar continuidade no nosso trabalho – afirmou Gabriel Menino.
A reportagem entrou em contato com a WTorre, que não emitiu qualquer posicionamento até a publicação da reportagem.
Onde vai jogar?
Com a decisão da diretoria em voltar ao Allianz Parque para mandar partidas somente após a manutenção do gramado, o Palmeiras deve mandar seus jogos na Arena Barueri. O Pacaembu também era um desejo, mas as reformas no local devem demorar a ficar prontas.
O estádio em Barueri é o mais factível por Leila Pereira ser a “dona” pelos próximos 35 anos. Uma das empresas da presidente do Verdão venceu a licitação para administrar o local. O contrato foi assinado no dia 31 de outubro.
A Crefipar Participações e Empreendimentos S.A, empresa de Leila Pereira e vencedora da licitação, terá de investir cerca de R$ 500 milhões durante os 35 anos que ficará responsável pela gestão da Arena Barueri.
Estão previstas obras de melhorias da estrutura, como pintura interna e externa, reparo dos assentos, além da troca da iluminação para led e a instalação do gramado sintético.
Devido à disputa da Supercopa do Brasil, no próximo domingo, o Palmeiras volta a mandar um jogo pelo Paulistão apenas no dia 8 de fevereiro, diante do Ituano.
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Fonte: GE