Treinador usou três laterais diferentes nos três jogos disputados pelo time principal
Dentre as seis contratações já confirmadas pelo Bahia para a temporada 2024, uma delas não vai poder se aproveitada nos próximos meses. Com pré-contrato com o Tricolor, o lateral-esquerdo Iago Borduchi, que defende o Augsburg, da Alemanha, só vai se apresentar no dia 1º de julho. Até lá, o técnico Rogério Ceni vai precisar “quebrar a cabeça” para dar equilíbrio ao time.
Nos três jogos com o elenco principal, em 2024, Rogério Ceni utilizou três atletas diferentes na lateral esquerda: Rezende (volante de origem), Luciano Juba e Ryan. Mas seja com um jogador improvisado ou um especialista, foi notório no Bahia, nas partidas contra Jacobina, Bahia de Feira e Barcelona de Ilhéus, o desequilíbrio com o lado direito.
É pela direita, principalmente contando com Gilberto e Everton Ribeiro, que o Bahia teve a sua maior produção ofensiva. Rogério Ceni avaliou como natural a diferença de rendimento com o primeiro jogo da equipe, uma vez que atuou com um volante improvisado no setor, mas admitiu que, na última partida, o desequilíbrio deveria ter sido menor.
– Primeiro jogo não conseguimos ter equilíbrio porque jogamos com um zagueiro na lateral esquerda. Natural que atue mais pelo lado direito. No segundo jogo tivemos mais equilíbrio por ter dois jogadores da posição [Cicinho e Luciano Juba]. Mas, hoje [quarta-feira], o Everton, natural, joga mais pela direita, tem o Ademir, que deu mais profundidade, e o Cauly caiu um pouco demais por ali. E o Thaciano saiu do lado dele, que deveria dar sustentação junto com o Ryan. O Ryan, nas viradas de lado, só tinha ele e o Everaldo. Não tinha o terceiro jogador para fazer. É uma coisa para ajustar e corrigir. No primeiro tempo tivemos cinco finalizações, todas criadas pela direita com bola cruzada para trás.
“Não é necessário jogar 50/50, mas é necessário que tenha mais jogadas que equilibre um pouco mais pela esquerda. Temos que ajustar, entender e ver como pode melhorar para ter equilíbrio dos dois lados”, completou Rogério Ceni em entrevista coletiva.
Outra opção de Rogério Ceni até a chegada de Iago Borduchi seria o lateral-esquerdo Caio Roque, mas o jogador passou um ano em recuperação de lesão e ainda tem restrição de minutos. Ele foi utilizado em duas rodadas do Campeonato Baiano, contra Jequié e Atlético de Alagoinhas.
– Claro que o Ryan é um garoto, precisa evoluir, a gente precisa treiná-lo. E o Juba é um jogador mais avançado, não está tão acostumado a jogar. O lateral-esquerdo que deve chegar, vai chegar no meio do ano. Não podemos dormir em berço esplêndido. Temos que tentar dar um pouco mais de equilíbrio para ter ataques que fluam pelo lado esquerdo também. Dentro do que nós temos, temos que resolver essa situação. Tem o Caio, mas vem voltando de lesão. Foi liberado para jogar 45 minutos. É muito tempo parado. Tem que ir levando nos treinamentos. Se ele conseguir evoluir na parte física é uma opção até a chegada do Iago.
Enquanto o lateral de ofício não chega, Rogério Ceni trabalha para ajustar o que ele classifica como a “função mais difícil de ajustar” no Bahia.
– Ideal era que o Iago estivesse aqui. Que já pudesse ter um jogador de origem para a posição, mas não temos. Ao que tudo indica, por mais quatro, cinco meses, vamos estar sem esse jogador. Depende muito do adversário que enfrentar, da disponibilidade do Rezende. Quando temos dois laterais, ou alguém improvisado, como o Juba, que já foi lateral, temos mais profundidade. Quando joga o Rezende temos que ter outro tipo de jogo. Depende do tempo que o Rezende demore para estar em condições de atuar. Tirando esses três, não temos mais jogadores que possam fazer essa função.
“Vai ser, talvez, a função mais difícil da gente ajustar ao menos no primeiro momento”.
Problema da zaga perto de resolver
Além da lateral, Rogério Ceni tem “dor de cabeça” para na zaga pelo lado esquerdo. Com a saída de Vitor Hugo, o único zagueiro canhoto do elenco é Victor Cuesta. Diante dessa situação, o treinador, que já disse que prefere um especialista no setor, precisou improvisar.
O argentino, porém, chegou recentemente ao clube e segue em trabalho físico. A expectativa de Rogério Ceni é que Cuesta faça a sua estreia pelo time na próxima quarta-feira, em compromisso diante do Itabuna, na Arena Fonte Nova.
– Acredito que, no mais tardar, na quarta-feira, o Cuesta fará a sua estreia. Vamos avaliar na sexta-feira. Se cuida bastante. Todo mundo teve duas semanas de pré-temporada, ele completou, na terça-feira, uma semana de trabalho. Melhor preparar para estrear numa condição física melhor do que arriscar, e o jogador não desempenhar tão bem por falta de condicionamento físico.
– Não jogamos com um zagueiro canhoto porque o único que pode fazer essa função, hoje, é o Rezende, que está lesionado. Só temos zagueiros destros para jogar. Já joguei várias vezes com zagueiro destro na esquerda, mas nunca com canhoto na direita. A maioria deles são destros. Se tiver um canhoto prefiro porque está com o corpo direcionado para quebrar a linha de passe – finaliza o técnico.
Mas antes do Itabuna, o Bahia de Rogério Ceni tem compromisso neste domingo, contra o Sport, na Arena Fonte Nova, pela primeira rodada da Copa do Nordeste. É aguardar para ver os ajustes feitos pelo técnico.
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Fonte: GE