Junior Santos e Tiquinho comemoram gol do Botafogo contra o Aurora — Foto: André Durão / ge

Vitória por 6 a 0 sobre o Aurora serve para Alvinegro lavar a alma e espantar 2023

Os jogadores do Botafogo não estavam de branco, mas praticamente viveram um Réveillon no Estádio Nilton Santos nesta quarta-feira. A goleada por 6 a 0 sobre o Aurora pode ser vista como um marco: o afastamento do fatídico ano de 2023 e a esperança de que novos ares estão chegando.

A classificação para a terceira fase da Conmebol Libertadores veio como um treino de luxo. “Mas era o Aurora”, muitos podem dizer. O Alvinegro fez a obrigação quando se enfrenta um time de pior qualidade técnica: venceu, convenceu e nem deu chances de o rival sonhar em assustar.

Além do placar, o destacável foi a postura do elenco em campo. Ao marcar gols, não tiraram o pé ou sentaram na vantagem. A qualidade (ou falta dela) do adversário pode ter ajudado para isso, claro. Mas a questão passa muito mais pela forma como o Botafogo se comportou mesmo tendo um placar favorável para si: não saíram do acelerador e a goleada foi uma consequência do estilo de jogo.

– A ideia do jogo era ser uma equipe agressiva, que pressionasse o adversário, que o adversário sentisse nosso peso dentro de casa. Nós vendemos ideia é os jogadores compraram. Com o peso da torcida isso geraria algo muito forte. Quando colocamos o plano de jogo os atletas olharam e falaram que era isso que eles queriam. Essa relação entre comissão técnica e jogadores é importante. Todos os jogadores entraram com essa ideia. Pedimos para manter isso, é um comportamento geral, mas é preciso ser macro. O que eu fazia a cada gol era pedir para manter. A energia que vem de fora com a energia que vem de dentro porque os atletas precisam disso para virar essa chave – afirmou Fábio Matias, treinador interino.

Uma injeção de ânimo era mais que bem-vinda para um time que se mostrou com sinais de queda dentro e fora das quatro linhas após a perda do Campeonato Brasileiro de 2023. A borracha no ano passado partiu de uma goleada, clima de festa nas arquibancadas e classificação.

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O Botafogo precisava comemorar. Seja da forma que fosse, jogando bem ou mal. Comemorou, melhor ainda, com uma grande atuação. De fato, o fantasma de 2023 só passará de vez com um troféu conquistado, mas o processo começa com pequenos passos – que poderão ser considerados grandes no futuro.

Para isso, o Alvinegro precisava passar pelo Aurora. E passou como um trator. Como foi Júnior Santos com quatro gols, se igualando como o maior artilheiro do clube na história da Libertadores. O ataque funcionou bem, com Eduardo, mais uma vez, aparecendo regendo o meio – o time rende muito bem quando o 33 aparece para ditar ritmo pelos lados do campo, dando opções de passe aos laterais.

Em campo, o Alvinegro funcionou melhor. Com Fábio Matias, foi um time mais vertical, com um ataque mais fluido: a vantagem no ataque começava a partir de passes no meio dos laterais, confundindo a marcação. Depois, o jogo era aberto nas pontas, explorando o jogo em velocidade. Foi assim que a maior parte dos gols foi criada.

A atuação é importante, mas o destaque da noite para a virada de chave. Júnior Santos, Tiquinho e torcida todos em uma nova sintonia. E, claro, o Botafogo acompanhando este ritmo. Demorou, mas o Alvinegro se apresentou para o novo ano.

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Fonte: GE

By Leo