Jeffinho passou um ano na França. Será que não se adaptou ao país? – Foto: Arthur Barreto/Botafogo

Modus operandi da Eagle Holding é claro: quem se destaca pelo Glorioso reforça os franceses. Os de segundo escalão param na Bélgica

O Botafogo está conectado com dois parceiros da Eagle Holding, conglomerado do empresário John Textor, dono de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Glorioso. Assim, em contextos diferentes, Lyon (FRA) e RD Molenbeek (BEL) receberam um número considerável de alvinegros nos últimos dois anos e intensificam o intercâmbio entre as agremiações.

modus operandi é claro. Os jogadores que se destacam têm a França como destino. Jeffinho foi o primeiro. Há um ano, contrariava um pedido do então técnico Luis Castro e deixava o Mais Tradicional para vestir a camisa do Lyon. A torcida chiou. No fim das contas, contudo, o ponta tornou-se a venda mais cara da história do Alvinegro: 10 milhões de euros (R$ 55 mi), superando as saídas de Luis Henrique (2020) e Vitinho (2013).

Jeffinho, no entanto, não explodiu na terra de Napoleão Bonaparte. Sua trajetória, no “intercâmbio”, portanto, não teve o ponto final com a venda ao Lyon. Por lá, disputou 21 jogos e marcou três gols. Sem brilho, transformou-se um opção para o ex-clube. Recentemente, o Botafogo acertou o seu retorno para uma temporada de empréstimo.

Enquanto Jeffinho buscava um lugar ao sol na França, o zagueiro Adryelson e o goleiro Perri chegavam à Seleção Brasileira, com o Botafogo voando no primeiro turno do Brasileirão. Valorizados, em agosto, os dois acertaram com o Lyon. Na virada do ano, veio a confirmação. A dupla, então, deixou o Mais Tradicional. No entanto, fica a pergunta: será que, diante desta “política externa”, eles regressam ao Glorioso caso não vinguem no país europeu?

Molenbeek de braços abertos ao Botafogo

Na Bélgica, os atletas do Botafogo chegam em profusão durante a era SAF. Em menos de dois anos de clube-empresa, o Glorioso forneceu 12 jogadores para o Molenbeek, time que ascendeu da Série B para a A na temporada passada e, agora, sob a batuta de Cláudio Caçapa, luta para permanecer na elite.

Os atacantes Carlos Alberto (empréstimo até junho de 2024), Joffre (definitivo), Ênio (emprestado até agosto de 2023) e Rikelmi (emprestado até agosto de 2023), o meia Juninho (emprestado até agosto de 2023), os volantes Kayque (empréstimo até junho de 2024), Oyama (emprestado até agosto de 2023), Barreto (emprestado até agosto de 2023) e Del Piage (definitivo), além dos zagueiros Segovia (empréstimo até junho de 2024), Sousa (definitivo) e Sampaio (empréstimo até junho de 2024) engordaram a lista.

Realocação de estoque? A legião de brasileiros tem, como finalidade, garantir mais minutagem dos jogadores pouco aproveitados no Botafogo.

E o Crystal Palace?

A Eagle Holding também tem o controle do Crystal Palace (ING). No entanto, John Textor não dá as cartas no futebol do clube. As decisões do futebol ficam a cargo de Steve Parish. Afinal, ele está no Selhurst Park desde 2010, conta com o respaldo dos conselheiros, livrou o clube da falência e implementou ao time uma filosofia de jogo. Deste modo, não há uma movimentação tão intensa e o argumento da minutagem.

O Palace mandou dois jogadores extremamente coadjuvantes para o Botafogo: o meia Montes e o atacante Joffre.

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Fonte: Jogada10

By Leo