Clube vai à Justiça contra o líder da SAF do clube carioca por citar manipulações de jogos, inclusive em duelo do Verdão, sem apresentar provas. Relação desandou a partir do Brasileirão
A relação entre a diretoria do Palmeiras e John Textor, dono da SAF do Botafogo, atingiu seu pior momento nesta segunda-feira, quando o clube comunicou que irá à Justiça contra o dirigente.
Textor tem feito acusações de que jogos foram manipulados no futebol brasileiro, inclusive um que envolveu o Palmeiras, contra o Fortaleza, em 2022.
Ele não apresentou provas até aqui e diz que não há indícios de envolvimento de funcionários do Verdão. A diretoria alviverde definiu as declarações recentes como irresponsáveis e levianas.
Rivais diretos na briga pelo título brasileiro de 2023, conquistado pelo Palmeiras após o Botafogo chegar a abrir 14 pontos de vantagem, eles já tiveram a primeira rusga ao fim do campeonato.
Textor colocou a competição sob suspeita e apresentou um estudo que dizia que o time carioca deveria ter 21 pontos a mais do que o Verdão. A presidente Leila Pereira o respondeu depois de levantar a taça de campeão, em dezembro:
– Me causa estranheza porque eu acho que o proprietário está desequilibrado – disse Leila, à época.
– Chega até a ser ridículo. Ele desprestigia, desvaloriza esse produto tão importante que é o futebol. Ele deveria ter mais serenidade. É uma parte de desequilíbrio do senhor John Textor – prosseguiu.
O clube depois postou em suas redes sociais uma imagem, ironizando o relatório realizado pelo Botafogo contra a arbitragem. O Verdão listou os feitos na campanha do título brasileiro na arte com frases como “super secreto” e “principais provas”.
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A equipe jurídica do Botafogo enviou o relatório e denunciou possível manipulação de jogos junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva antes da última rodada do Brasileirão. O órgão, porém, logo arquivou o pedido de inquérito.
Textor respondeu às declarações de Leila e afirmou “o time dela vive em um mundo em que jogar 11 contra 10 representa equilíbrio”. Na vitória do Palmeiras por 4 a 3 sobre o Botafogo, o time carioca teve Adryelson expulso, o que gerou a revolta do dono da SAF.
Já no início do ano, ele ironizou uma notícia de que o Verdão teria interesse em Júnior Santos, atleta do Botafogo.
– O Palmeiras deveria comprar em outro lugar. Jogadores do Botafogo preferem 11 x 11 – escreveu nas redes sociais.
O Verdão negou interesse no atacante e na época via John Textor tentando criar uma rivalidade, até então inexistente, após a disputa do título brasileiro.
Mas nessa segunda, a diretoria palmeirense divulgou uma nota na qual declarou que o dirigente do Botafogo “prefere se portar como um caricato cartola à moda antiga”.
O Palmeiras promete buscar as medidas legais nas esferas civil, criminal e esportiva.
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Fonte: GE